O senador Girão demonstrou indignação com a discussão sobre a legalização da jogatina no Senado, especialmente em um momento de calamidade no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas que têm afetado o estado. Para ele, a retomada dos bingos e cassinos representaria uma “tragédia” para o país, incentivando a lavagem de dinheiro, a corrupção e resultando em perdas financeiras para as famílias.
Segundo Girão, desde 1991, quando o PL 442 começou a ser discutido na Câmara dos Deputados, houve pressão por parte do lobby dos jogos de azar, porém, sem sucesso nos últimos 30 anos devido à resistência da maioria da população brasileira. Ele ressaltou que a legalização dos jogos de azar é rejeitada pela população, que conhece as consequências devastadoras do vício em jogos e suas repercussões na vida familiar e social.
O senador enfatizou que a legalização dos jogos de azar não contribui para a geração de empregos, renda ou benefícios para o turismo, e alertou sobre o aumento da criminalidade e dos furtos em países onde essa prática foi liberada.
Diante desse cenário, Girão apelou para a responsabilidade dos parlamentares e solicitou ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), que retire o projeto de pauta, argumentando que o Brasil não precisa desse tipo de legislação, que traria prejuízos e destruição de vidas para milhões de brasileiros. Ele defendeu a importância de leis que promovam a qualidade de vida da população e rejeitem iniciativas prejudiciais como a legalização dos jogos de azar, especialmente em tempos de crise como a enfrentada pelo Rio Grande do Sul.
Neste contexto, a discussão em torno da legalização dos jogos de azar permanece um tema controverso e sensível, aguardando decisões políticas e sociais que considerem o bem-estar e os interesses da população brasileira.