Barroso também revelou que o STF está trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta capaz de localizar precedentes, e expressou sua crença de que, em um futuro próximo, computadores poderão redigir sentenças. “Em breve, tenho certeza que teremos a inteligência artificial escrevendo a primeira versão de sentenças”, afirmou o presidente do Supremo.
O ministro ressaltou a necessidade da adoção da IA no Brasil devido à grande quantidade de processos judiciais que o país recebe anualmente, citando a importância de ferramentas que possam agilizar o sistema de Justiça. Ele destacou que a IA é capaz de processar um grande volume de informações com rapidez e eficiência, o que pode resultar em decisões mais assertivas em diversas áreas.
No entanto, Barroso também alertou para os riscos envolvidos no uso da inteligência artificial, apontando que a tecnologia pode reproduzir preconceitos existentes na sociedade, uma vez que é alimentada por dados fornecidos por seres humanos. Ele destacou a importância da supervisão humana para evitar possíveis equívocos e sugeriu que haja uma discussão sobre a regulação da IA para proteger direitos fundamentais e a democracia.
As declarações do presidente do Supremo foram feitas durante sua participação no encontro do J20, que reuniu presidentes e representantes de cortes supremas de países integrantes do G20. Os debates ocorreram nas dependências do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde os participantes discutiram os desafios e oportunidades relacionados ao uso da inteligência artificial no Judiciário.