Estiagem no Pantanal: alerta para seca severa na Bacia do Rio Paraguai nas próximas semanas preocupa autoridades e população.

O Pantanal enfrenta um período de estiagem que tem colocado em alerta as autoridades devido à possibilidade de uma seca severa nos próximos meses na Bacia do Rio Paraguai. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio na estação de referência em Ladário (MS) está em 1,44 metro, abaixo da média histórica para esse período.

A preocupação aumenta com a previsão de que os níveis críticos de água possam ser alcançados entre setembro e outubro, quando as chuvas costumam retornar à região do Pantanal, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A estação chuvosa de outubro de 2023 a abril de 2024 já apresenta um déficit no volume de chuvas, prejudicando a recuperação da bacia.

Os dados mais recentes indicam que a região esperava cerca de 57 milímetros de chuva, mas registrou apenas 3 mm. Com base nessa tendência, as projeções apontam que Ladário pode atingir uma cota mínima entre o que foi registrado em 2020 e o cenário mais grave de 2021, quando o rio alcançou níveis críticos.

O pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna, alertou para a possibilidade de uma seca histórica, comparando-a aos anos de 1964, 1971 e 2021, que foram marcados pelas piores secas já enfrentadas pelo Pantanal. Os impactos se estendem pelo ecossistema, comunidades ribeirinhas e até em países vizinhos como Bolívia e Paraguai, que dependem da hidrovia Paraná-Paraguai para o comércio exterior.

Além disso, a seca severa traz consequências como dificuldades no abastecimento de água, limitações na navegação, aumento do risco de incêndios florestais e um potencial crescimento do tráfego em rodovias, com danos às vias e ameaças à vida selvagem devido a atropelamentos. A situação é delicada e requer medidas urgentes para minimizar os impactos dessa estiagem no Pantanal.

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