A principal embarcação, com capacidade para 50 passageiros, era a única com ar-condicionado, banheiro e maior conforto. Já a segunda embarcação, com capacidade para 30 passageiros, apresentava janelas pequenas que permitiam a entrada de mau cheiro vindo da represa devido ao esgoto despejado por ocupações irregulares na região.
A rota do transporte aquático tem duração de 17 minutos, sendo uma opção mais rápida do que o transporte terrestre, que levaria em média 1 hora e 20 minutos, de acordo com a gestão municipal. No entanto, alguns moradores locais contestaram essa informação, afirmando que o tempo real é de cerca de 40 minutos.
A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelos moradores da região, que veem no novo modal de transporte uma forma de melhoria na acessibilidade e mobilidade urbana. O prefeito Ricardo Nunes destacou a importância do transporte aquático para melhorar a vida da população que precisa acessar a região de Santo Amaro, onde o ponto final da rota está localizado.
No entanto, a inauguração do transporte aquático enfrentou alguns contratempos, como problemas com a empresa responsável pela operação dos barcos, que está sob intervenção da gestão municipal devido a investigações de suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Além disso, o Ministério Público pediu a suspensão da operação, alegando a necessidade de mais estudos sobre o impacto ambiental do projeto na represa Billings.
Apesar desses desafios, a fase de teste do transporte aquático seguirá em operação, com capacidade reduzida e horário pré-estabelecido. A expectativa é que o novo modal de transporte beneficie a população local e contribua para a melhoria da mobilidade urbana em São Paulo.