MPRS investiga municípios sem estragos que decretaram estado de calamidade após enchentes no Rio Grande do Sul.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) está investigando os municípios que decretaram estado de calamidade, mesmo sem terem sido afetados pelas enchentes que assolaram o estado. A abertura da investigação foi solicitada pelo procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, na última quinta-feira (9). Dois promotores foram designados para apurar o caso.

Nesse início de apuração, os promotores irão requisitar documentos que justifiquem a declaração da situação emergencial. Até o momento, os nomes dos municípios alvo da investigação não foram divulgados.

A decretação do estado de calamidade permite que os estados, municípios e o Distrito Federal recebam recursos federais para auxiliar a Defesa Civil em suas ações. Segundo dados do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, cerca de R$ 53,7 milhões já foram repassados para a Defesa Civil estadual, com mais R$ 110 milhões aprovados e empenhados para auxiliar no enfrentamento das consequências das enchentes.

É importante ressaltar que, até o momento, 397 dos 497 municípios gaúchos tiveram sua situação de calamidade pública reconhecida, evidenciando a gravidade e o alcance dos impactos das enchentes no estado.

Diante desse cenário, a atuação do Ministério Público se torna fundamental para garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos destinados aos municípios em situação de calamidade. A sociedade gaúcha espera que a investigação conduzida pelos promotores traga esclarecimentos e aponte possíveis irregularidades, caso existam, visando a garantir a eficácia e a legitimidade das ações de socorro e assistência às áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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