O motivo da convocação de Marcelo de Oliveira Cerqueira se deu após o depoimento do diretor global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da Braskem, Marcelo Arantes, que indicou Cerqueira como a pessoa mais adequada para responder aos questionamentos da CPI devido ao seu vasto conhecimento técnico adquirido ao longo de mais de 27 anos de atuação na empresa, que culminou em seu cargo atual de vice-presidente executivo.
É importante ressaltar que o vice-presidente da Braskem acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito ao silêncio durante sua oitiva, demonstrando a complexidade e a tensão envolvida no processo investigativo da CPI.
Por outro lado, o engenheiro Paulo Roberto Cabral de Melo, que já atuou como gerente-geral da planta de mineração da Salgema Mineração Ltda e atualmente é sócio-diretor de uma empresa de consultoria mineral, também será ouvido como testemunha pela CPI. Cabral de Melo possui um histórico de envolvimento em operações da Polícia Federal e teve seus sigilos quebrados pela comissão.
Além das oitivas, a CPI da Braskem realizará uma reunião deliberativa para votar requerimentos, entre eles a autorização para a participação de mais um servidor no grupo responsável pelas inspeções nos bairros afetados pelos problemas causados pela empresa.
Criada a partir de um requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), a CPI tem como objetivo investigar os impactos socioambientais do afundamento do solo em Maceió causado pelas atividades da Braskem, que extrai sal-gema na região desde os anos 1970. Espera-se que os depoimentos de Marcelo de Oliveira Cerqueira e Paulo Roberto Cabral de Melo tragam luz aos acontecimentos e contribuam para esclarecer os fatos em torno dessa importante investigação em curso.
