De acordo com os dados mais recentes, o número de desalojados chegou a 537.380, representando um aumento significativo em relação à última atualização que registrava 339.928 pessoas nesta situação. Além disso, mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas adversidades climáticas, um acréscimo em relação aos 1,9 milhão reportados anteriormente.
Apesar do aumento no número de desalojados e afetados, a contagem de mortos e desaparecidos permaneceu a mesma, com 136 óbitos e 125 pessoas desaparecidas até o momento. A situação se agrava com 806 feridos contabilizados.
A tragédia que assola o estado gaúcho tem sido comparada ao furacão Katrina, que devastou a região de Nova Orleans nos Estados Unidos em 2005, resultando em mais de mil mortes. Profissionais de saúde alertam para a falta de coordenação centralizada para lidar com desastres naturais, resultando em colapso nos hospitais e dificuldades no atendimento.
No cenário atual, 81 mil pessoas estão em abrigos montados para acolher aqueles que perderam suas casas, totalizando cerca de 10 mil abrigados a mais do que no boletim anterior. Além disso, há 281.317 pontos sem energia e 193.164 imóveis sem abastecimento de água.
A situação se mantém delicada, mesmo com a diminuição do nível da água do lago Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre. Ruas e avenidas continuam alagadas, aumentando o desafio logístico para as autoridades locais. A previsão de chuvas e ventos fortes na região nas próximas semanas mantém a preocupação com possíveis novas enchentes e deslizamentos.