Ministro da Integração critica baixa solicitação de recursos emergenciais por municípios gaúchos afetados por enchentes

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, concedeu entrevista à imprensa neste sábado (11) para falar sobre a situação dos municípios gaúchos afetados pelas chuvas e enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde o final de abril. De acordo com Góes, ainda é baixo o número de cidades que solicitaram recursos emergenciais do governo federal para auxiliar as pessoas impactadas pelas adversidades climáticas.

Segundo o ministro, dos 441 municípios em situação de calamidade, apenas 69 fizeram solicitações de recursos até o momento. Em resposta a essa demanda, o governo flexibilizou as regras para a obtenção de ajuda financeira, por meio de uma portaria que facilita o processo de recebimento de verbas para os municípios afetados.

Waldez Góes destacou que bastaria um simples ofício, juntamente com o decreto de reconhecimento da calamidade pelo governo estadual, para que os municípios pudessem receber ajuda financeira. Os valores adiantados variam de acordo com o tamanho da população, indo de R$ 200 mil para cidades com até 50 mil habitantes, até R$ 500 mil para aquelas com mais de 100 mil residentes.

Além disso, o ministro apresentou números alarmantes sobre a situação no estado, com mais de 2 milhões de pessoas afetadas, 71.398 em abrigos, 339.928 desalojados, 136 óbitos e 125 desaparecidos. Ele ressaltou a importância de agir rapidamente para garantir água, alimentos e assistência às pessoas necessitadas.

Outro ponto abordado na entrevista foi a situação das comunidades indígenas, com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, relatando que 9 mil famílias foram atingidas em 214 comunidades indígenas no estado. O governo federal se comprometeu a entregar cestas básicas regularmente para auxiliar essas famílias.

A chegada da Marinha ao município de Rio Grande, com o Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, também foi destacada, trazendo apoio logístico e humanitário para a região. A Força Nacional também ampliará sua atuação no estado, com a chegada de mais integrantes para reforçar a segurança nos abrigos e colaborar com as operações de resgate e ajuda às vítimas das enchentes e deslizamentos.

Diante da magnitude dos desastres naturais que assolam o Rio Grande do Sul, é fundamental que ações coordenadas e eficazes sejam tomadas para minimizar os impactos e garantir o apoio necessário às comunidades afetadas.

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