Ministra do Planejamento prepara amplo pacote de cortes de gastos para dar opções ao governo: “Vai de A a Z”

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, está trabalhando para deixar um amplo pacote de corte de gastos pronto para apresentar ao governo. Segundo a ministra, esse pacote inclui uma série de medidas que vão desde desvincular benefícios previdenciários do reajuste do salário mínimo até outras ações. Tebet ressalta que a decisão de utilizar ou não esse arsenal de cortes será política.

Ela também menciona que sua equipe, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está estudando o impacto da vinculação do salário mínimo aos benefícios acima da inflação e outros programas. A ideia é ter um levantamento oficial para embasar as decisões políticas que serão tomadas.

As declarações da ministra vêm após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionar contra a proposta de desvinculação do reajuste das aposentadorias em relação à correção do salário mínimo. Haddad argumenta que essa discussão já foi superada e que o governo precisa se manter dentro do arcabouço fiscal aprovado no ano anterior.

A projeção de gastos feita pela equipe econômica para os próximos anos mostra um crescente aumento nas despesas obrigatórias, como os benefícios previdenciários e os pisos constitucionais de Saúde e Educação. Isso tem colocado pressão no arcabouço fiscal e levanta a questão sobre a sustentabilidade desses gastos no longo prazo.

Tebet também chama atenção para o Fundo da Educação Básica (Fundeb), destacando que os repasses aos municípios estão aumentando sem uma política clara de melhoria na educação pública. Para Haddad, a questão dos pisos constitucionais também é uma decisão política que será mais clara no fechamento do próximo orçamento.

Em resumo, o governo está enfrentando desafios em relação aos gastos públicos e a manutenção das despesas obrigatórias em um cenário de crescimento econômico incerto. A decisão sobre quais medidas serão adotadas acabará passando por critérios políticos e pela necessidade de equilibrar o orçamento nacional.

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