Hospitais do Rio Grande do Sul suspenderão consultas, exames e cirurgias eletivas até 30 de maio devido às inundações

Na última sexta-feira, o Gabinete de Crise da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado permitindo que hospitais e demais estabelecimentos de saúde suspendam consultas, exames e cirurgias eletivas até o dia 30 de maio. Essa medida retroativa abrange o período desde o decreto estadual de calamidade pública, publicado no Diário Oficial do estado em 1º de maio.

A dificuldade de locomoção de pacientes e profissionais, somada à diminuição do atendimento nos estabelecimentos de saúde, levou à necessidade de tomar essa decisão. Antes mesmo do comunicado, vários hospitais no Rio Grande do Sul já haviam suspendido cirurgias e procedimentos eletivos devido aos prejuízos causados pelas fortes chuvas que assolaram a região.

De acordo com a Secretaria de Saúde gaúcha, cerca de 140 serviços de saúde, entre hospitais e outras unidades, foram afetados pelas inundações, o que demandará um grande projeto de reconstrução e reaparelhamento dos equipamentos perdidos. Estima-se que mais de 400 mil pontos estejam sem energia e 500 mil sem água no estado.

O comunicado também estabelece que os casos que necessitarem de cirurgia de segundo tempo traumatológica (também conhecida como cirurgia de urgência) deverão ser transferidos para unidades de referência em traumato-ortopedia, a fim de garantir que a cirurgia seja realizada em até 30 dias, sendo considerado ideal um prazo de 15 dias.

Além disso, os hospitais devem atualizar diariamente o monitoramento de insumos e oxigênio medicinal. A suspensão das cirurgias eletivas até o final do mês também se estende ao Plano Operativo para aplicação de 20% dos recursos de emendas parlamentares.

A Federação que reúne os estabelecimentos de saúde do Rio Grande do Sul, Fehosul, realizou um levantamento preliminar que apontou que pelo menos 20 hospitais foram severamente atingidos pelas chuvas, sendo que dois deles estão totalmente fechados. Mesmo os hospitais que não foram diretamente afetados pelas inundações enfrentam problemas de desabastecimento de água, falta de energia elétrica e escassez de funcionários, que foram impactados diretamente pela tragédia.

Diante desse cenário, os hospitais no estado estão priorizando o atendimento a casos de urgência e emergência, garantindo que mesmo com as adversidades, consigam atender às demandas mais críticas da população. A situação é delicada e requer um esforço conjunto para superar os desafios trazidos pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.

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