O impacto das enchentes também resultou em números alarmantes: 71 mil pessoas estão em abrigos montados para acolher as vítimas desabrigadas, um aumento de mais de 3.000 pessoas em relação ao dia anterior. Além disso, 444 municípios gaúchos foram afetados pela tragédia, totalizando uma situação de calamidade em diversas regiões do estado.
Outros dados assustadores incluem a existência de pelo menos 303 mil pontos sem energia elétrica e 208 mil imóveis ainda sem água. A suspensão das aulas em mais de 2.300 escolas da rede estadual afetou mais de 338 mil alunos. A situação é tão grave que o cenário tem sido comparado ao furacão Katrina, que causou devastação nos Estados Unidos em 2005.
Profissionais de saúde apontam falhas na prevenção de desastres naturais e na coordenação de ações emergenciais como fatores que contribuíram para a gravidade da tragédia no Rio Grande do Sul. O colapso nos hospitais, a dificuldade de acesso às áreas afetadas e a escassez de insumos são desafios adicionais enfrentados pelas equipes de resgate e socorro.
A situação segue preocupante, com ruas e avenidas da capital Porto Alegre ainda alagadas, mesmo com a diminuição no volume de água do lago Guaíba. O governo gaúcho alertou para o risco de enchentes nos municípios às margens da Lagoa dos Patos. A previsão de mais chuvas e ventos fortes na região mantém o estado em alerta diante de uma situação de emergência e calamidade pública que exige esforços de todos os envolvidos para minimizar os impactos e prestar assistência aos sobreviventes.