Durante a busca e apreensão realizada em março, agentes apreenderam o celular de Fonseca e encontraram mensagens trocadas entre ele e o coronel. Essas mensagens foram incluídas em um relatório da PF para demonstrar a extensa rede de contatos da organização criminosa investigada no caso da morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e seu motorista Anderson Gomes.
Mesmo com a troca de mensagens, Pinho afirmou que não tinha uma relação de amizade com o PM e que a comunicação se deu em um contexto profissional, relacionado ao assessor de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Já o advogado de Fonseca, Gabriel Habib, se mostrou surpreso com a prisão de seu cliente, alegando que ele não era alvo de investigação no inquérito policial.
Além disso, Fonseca trabalhou como assessor de Domingos Brazão, que foi acusado de encomendar o crime da morte de Marielle Franco. O ex-PM Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime, afirmou em sua delação que Fonseca entregou e recolheu a arma usada no homicídio, mas a Procuradoria-Geral da República não encontrou evidências para corroborar esta versão.
A PF também identificou conversas entre Fonseca e Pinho, incluindo pedidos de favores e orientações em situações específicas. O celular de Fonseca foi crucial para as investigações sobre a atuação da família Brazão e revelou possíveis vínculos com milicianos de Rio das Pedras. Além disso, foram encontradas mensagens apagadas com a mãe de Fininho, um dos líderes da milícia local, o que reforça as suspeitas de conexão entre Brazão e a milícia.
Todas essas evidências contribuem para o desenrolar das investigações sobre o caso Marielle Franco e a relação da família Brazão com atividades criminosas. A defesa de Domingos Brazão nega qualquer envolvimento no assassinato da vereadora e ressalta que as delações não devem ser consideradas como verdade absoluta. O desenrolar dessas investigações continuará a elucidar os detalhes desse caso complexo e impactante.