No acumulado dos primeiros quatro meses de 2024, as passagens aéreas já apresentam uma queda de 39,53%, porém, ainda não recuperaram a alta de 82,03% registrada nos últimos quatro meses de 2023, como ressaltou o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, André Almeida. Em relação aos últimos 12 meses, as passagens aéreas acumulam uma redução de 6,84%.
Apesar da influência positiva das passagens aéreas na contenção da inflação, o aumento no preço dos combustíveis, em especial da gasolina, foi um ponto de pressão significativo. Em abril, os combustíveis tiveram um aumento de 1,74%, com destaque para o aumento de 4,56% no preço do etanol, 1,50% na gasolina e 0,32% no óleo diesel. Por outro lado, o gás veicular registrou uma queda de 0,51%.
No geral, o grupo Transportes teve um impacto relevante na taxa de inflação, passando de um recuo de 0,33% em março para uma alta de 0,14% em abril, contribuindo com 0,03 ponto percentual para a taxa do IPCA do último mês. Dentro desse grupo, o metrô teve um aumento de 1,72%, influenciado por reajustes em diversas regiões do país, como no Rio de Janeiro. O ônibus urbano e o táxi também registraram aumentos, refletindo os reajustes realizados em outras áreas metropolitanas.
Em resumo, o cenário da inflação em abril foi marcado pela queda nas passagens aéreas, que ajudou a compensar os aumentos nos preços dos combustíveis. Mesmo com a variação nos diversos itens, a taxa de inflação se manteve controlada no período analisado.