Nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira e traz riscos de enchentes e deslizamentos para o estado castigado

A reunião entre os representantes dos principais institutos meteorológicos e geológicos do país nesta quinta-feira (9) foi marcada por análises e projeções preocupantes sobre os riscos trazidos pela nova frente fria que se aproxima do Rio Grande do Sul. A região já havia sido castigada por temporais na semana anterior, e agora enfrenta a perspectiva de mais chuvas intensas e consequentes inundações.

Os especialistas do Inmet, Cemaden, Cenad e Inpe divulgaram um documento alertando sobre a previsão de que a frente fria ficará estacionada sobre a região central do estado a partir de sexta-feira. Isso cria condições para a piora do quadro das enchentes, especialmente no centro-leste e nordeste do estado, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre.

O acumulado de chuva previsto pode superar os 150 mm, agravando ainda mais a situação do estado. Além disso, a passagem da frente fria pode provocar a formação de um ciclone extratropical próximo à costa, intensificando os ventos e dificultando o escoamento das águas da lagoa dos Patos em direção ao oceano.

As projeções indicam que a frente fria e a entrada de uma massa de ar frio e seco nas próximas semanas vão causar queda nas temperaturas e mais chuvas. Os rios Taquari, Caí e Sinos estão voltando lentamente ao nível normal, mas a instabilidade dos ventos pode resultar em uma leve subida no nível do lago Guaíba, na região metropolitana.

A volta da chuva na região e a posição dos ventos na lagoa dos Patos aumentam o risco de inundação nos municípios próximos, como Pelotas e Rio Grande. A bacia do rio Uruguai, na fronteira oeste do estado, também deve continuar subindo.

O alerta para deslizamentos de terra, especialmente em áreas já afetadas pelos temporais anteriores, é preocupante. O solo saturado e a previsão de chuvas intensas aumentam a probabilidade de deslizamentos em diversas regiões. Novos eventos geológicos são esperados ao longo do final de semana, com possíveis impactos em áreas urbanizadas e estradas.

Portanto, a população gaúcha precisa estar atenta e se preparar para lidar com os desafios que o novo sistema frontal representa, permanecendo em alerta diante dos riscos de inundações, deslizamentos e outras consequências desse período de instabilidade climática.

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