Durante a apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024, Mercadante destacou a necessidade do país se preparar para essas mudanças. Ele mencionou que a ONU estabeleceu prazos e metas para a adoção de combustíveis renováveis na aviação a partir de 2027, e que o BNDES está apoiando a produção de SAF, o combustível sustentável da aviação.
Além disso, Mercadante ressaltou a importância da navegação marítima, já que cerca de 90% do transporte de mercadorias no mundo é feito por navios. Ele alertou que os navios podem sofrer penalidades se não reduzirem as emissões de carbono de seus combustíveis, o que pode impactar a competitividade do Brasil no cenário internacional. O BNDES está analisando estratégias para lidar com esse desafio logístico.
Uma das ferramentas disponíveis para incentivar essa transição energética é o Fundo da Marinha Mercante, que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. Mercadante destacou que o BNDES está envolvido em contratos que totalizam R$6,6 bilhões para a construção de diversas embarcações.
O presidente do BNDES também mencionou a possibilidade de apoiar as empresas aéreas, que ainda estão se recuperando dos impactos causados pela pandemia de covid-19. Ele destacou a importância do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) como uma alternativa para oferecer garantias e crédito ao setor. Mercadante ressaltou a importância de apoiar as empresas para manter a estruturação do setor de aviação no Brasil.
Em meio aos desafios, Mercadante enxerga oportunidades para o Brasil, especialmente no uso de etanol e metanol como alternativas de combustível. Ele destacou a relevância de dobrar a produção de etanol no país para atender à crescente demanda. Em relação ao setor de aviação, o BNDES está em discussões para encontrar soluções que ajudem as empresas aéreas a enfrentar os desafios pós-pandemia e garantir a sustentabilidade do setor no país.