Além das vítimas fatais, há 136 pessoas desaparecidas e 374 feridas, indicando que o número de mortos ainda pode aumentar nos próximos dias. A situação se agrava com cerca de 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água, impactando severamente a população gaúcha.
Com 67.542 desabrigados e 163.786 desalojados, a Defesa Civil tem a difícil tarefa de acolher e assistir as vítimas das chuvas. As escolas também foram afetadas, com 2.338 unidades da rede estadual suspendendo as aulas e mais de 327 mil alunos impactados.
Essa tragédia é comparada ao furacão Katrina, ocorrido em 2005 nos Estados Unidos, que causou mais de mil mortes e destruição em diversas regiões. Profissionais de saúde apontam a falta de prevenção de desastres naturais e a ausência de uma coordenação centralizada de decisões como fatores semelhantes entre essas duas tragédias.
A situação tem exigido uma mobilização intensa das autoridades gaúchas, com alertas para riscos de enchentes nos municípios próximos à Lagoa dos Patos. O nível da água do lago Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre, diminuiu, mas ainda está acima do limite, causando alagamentos nas ruas e avenidas da cidade.
O retorno das chuvas e ventos fortes fez com que a prefeitura de Porto Alegre paralisasse o resgate das vítimas e a previsão é de uma onda de frio na região. Enquanto o estado se esforça para lidar com as consequências das chuvas, a população aguarda por medidas efetivas e soluções para amenizar o sofrimento causado por essa tragédia.