No dia 21 de março, teve início a consulta pública para a estruturação do processo, que inclui a elaboração da minuta do edital de licitação e do contrato de serviços necessários para a construção da usina. Essa fase tem como objetivo ajustar e melhorar a minuta de licitação e o contrato, obtendo feedback da população de forma construtiva.
Após a validação da documentação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e sua subsequente análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), espera-se que até setembro de 2024 os caminhos estejam abertos para a licitação, prevista para ocorrer até o final do primeiro semestre de 2025, com a retomada das obras no segundo semestre deste ano.
O presidente da Eletronuclear não mencionou valores específicos de investimento, pois toda a orçamentação está sob responsabilidade do BNDES. No entanto, o projeto de Angra 3 já recebeu investimentos significativos ao longo dos anos. Segundo Lycurgo, cerca de 65% do projeto já está concluído, com 11,5 mil equipamentos adquiridos e armazenados na própria Central Nuclear.
Apesar de abordar a possibilidade de discussão sobre a construção de novas usinas nucleares no Brasil, Lycurgo enfatizou que o foco principal no momento é concluir Angra 3. Com custos operacionais e investimentos já realizados, a Eletronuclear está comprometida em concluir a obra para que a usina possa começar a operar e gerar empregos e renda até 2030.
Portanto, o projeto de Angra 3, que teve início na década de 1980, está prestes a retomar suas atividades e entrar em uma nova fase de desenvolvimento, contribuindo para o setor energético do país e para a economia local da região de Angra dos Reis.