Retomada da Construção da Usina Nuclear Angra 3 em Angra dos Reis Sinaliza Investimentos e Geração de Emprego até 2030

No segundo semestre deste ano, a retomada do projeto de construção da Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, na região da Costa Verde, no Rio de Janeiro, será um marco importante. Em uma entrevista concedida à Agência Brasil nesta quarta-feira (8), o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, revelou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve apresentar um estudo independente de modelagem econômico-financeira, orçamentação e aspectos jurídicos do projeto provavelmente em julho.

No dia 21 de março, teve início a consulta pública para a estruturação do processo, que inclui a elaboração da minuta do edital de licitação e do contrato de serviços necessários para a construção da usina. Essa fase tem como objetivo ajustar e melhorar a minuta de licitação e o contrato, obtendo feedback da população de forma construtiva.

Após a validação da documentação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e sua subsequente análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), espera-se que até setembro de 2024 os caminhos estejam abertos para a licitação, prevista para ocorrer até o final do primeiro semestre de 2025, com a retomada das obras no segundo semestre deste ano.

O presidente da Eletronuclear não mencionou valores específicos de investimento, pois toda a orçamentação está sob responsabilidade do BNDES. No entanto, o projeto de Angra 3 já recebeu investimentos significativos ao longo dos anos. Segundo Lycurgo, cerca de 65% do projeto já está concluído, com 11,5 mil equipamentos adquiridos e armazenados na própria Central Nuclear.

Apesar de abordar a possibilidade de discussão sobre a construção de novas usinas nucleares no Brasil, Lycurgo enfatizou que o foco principal no momento é concluir Angra 3. Com custos operacionais e investimentos já realizados, a Eletronuclear está comprometida em concluir a obra para que a usina possa começar a operar e gerar empregos e renda até 2030.

Portanto, o projeto de Angra 3, que teve início na década de 1980, está prestes a retomar suas atividades e entrar em uma nova fase de desenvolvimento, contribuindo para o setor energético do país e para a economia local da região de Angra dos Reis.

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