Essa denúncia resultou na prisão dos acusados, que se encontram detidos desde o dia 24 de março por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo diante das acusações, os acusados negam qualquer envolvimento com o assassinato de Marielle e Anderson.
Na última quinta-feira (9), a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva contra Robson Calixto da Fonseca e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como major Ronald, que são suspeitos de envolvimento no caso. O major Ronald, considerado um líder de uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro, já cumpre pena por outros crimes em uma penitenciária federal.
O avanço das investigações se deu após o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso por executar o crime, fechar um acordo de delação premiada e apontar os irmãos Brazão como os mandantes do assassinato. Esse fato levou o caso a ser remetido ao STF, devido ao mandato de deputado federal de Chiquinho Brazão.
Chiquinho Brazão encontra-se preso em Campo Grande (MS) em uma prisão de segurança máxima, enquanto Domingos Brazão foi levado para um presídio federal em Porto Velho e Rivaldo Barbosa está detido em uma penitenciária federal em Brasília.
As defesas dos acusados afirmam que ainda não tiveram acesso à denúncia apresentada pela PGR e desconhecem os termos das delações no caso. Os advogados ressaltaram que é necessário avaliar todos os elementos produzidos pela investigação antes de fazer qualquer juízo de valor sobre as acusações.
O caso continua gerando intensa cobertura midiática e a Agência Brasil continua em busca de contato com as defesas dos demais citados para obter mais informações e comentários sobre o desdobramento dessa grave denúncia.