Aos 91 anos, Niède Guidon acumula diversos prêmios ao longo de sua carreira, como a prestigiosa Ordem do Mérito Científico, Grã-Cruz, do MCTI, o Green Prize da organização pacifista e ecológica Paliber, o Prêmio Príncipe Klaus do governo holandês, o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Cultura, o título de Cientista do Ano pela SBPC e o Prêmio Chevalier de La Légion d’Honneur do governo francês.
Com uma longa trajetória, Niède identificou mais de 700 sítios pré-históricos, incluindo 426 paredes com pinturas antigas e vestígios de antigas habitações humanas na região da Serra de Capivara, no Piauí. Suas descobertas foram fundamentais para a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, uma área de grande biodiversidade e pinturas rupestres, reconhecida como patrimônio mundial pela Unesco.
Em suas próprias palavras, Niède Guidon afirmou: “Simplesmente fiz o meu trabalho como pesquisadora, arqueóloga. Vinha da França para o Brasil fazer pesquisas aqui na Serra da Capivara, que é realmente um local fantástico, tanto pela natureza como por toda a memória que o homem pré-histórico deixou aqui”. Infelizmente, devido a compromissos anteriores, a cientista não pôde comparecer pessoalmente à cerimônia de premiação no Rio de Janeiro, realizada nesta quarta-feira.
Niède expressou seu desejo de que o trabalho arqueológico no Parque Nacional da Serra da Capivara continue, destacando que ainda há muito a ser descoberto na região. Sua contribuição para a ciência e preservação do patrimônio cultural brasileiro é inegável e seu legado perdurará por gerações.