Esses valores normalmente são destinados às vítimas de processos ou a seus familiares, mas nesse caso específico, foram direcionados para entidades de assistência social. A recomendação partiu do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), juntamente com o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. Essa iniciativa autorizou o repasse direto dos tribunais para a Defesa Civil do Rio Grande do Sul e para entidades que prestam auxílio à população afetada.
Com a autorização, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul liberou R$ 2,5 milhões, seguido pelo TJ de Minas Gerais com R$ 10 milhões e o TJ de Goiás com R$ 11 milhões. A Justiça Federal do Rio de Janeiro também contribuiu com R$ 4 milhões. Esses recursos serão fundamentais para ajudar a minimizar os danos causados pelas fortes chuvas no estado, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas e enfrentando escassez de água e alimentos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, demonstrou gratidão pela iniciativa e assegurou que a quantia será aplicada com responsabilidade e transparência. Até então, de acordo com a Defesa Civil gaúcha, foram registradas 100 mortes em decorrência do mau tempo, com 128 pessoas ainda desaparecidas. A situação é crítica, com mais de 66 mil pessoas acolhidas em abrigos e cerca de 163 mil desalojados.
Mesmo com o bom tempo nos últimos dias, o nível da água na região metropolitana de Porto Alegre tem demorado a baixar, devido a condições desfavoráveis como a direção do vento. Nesta quarta-feira, o mau tempo voltou a castigar o estado, demonstrando a extensão dos desafios enfrentados pela população gaúcha.
