Desmatamento na Amazônia entre 2022 e 2023 cai 21,8%, atingindo menor patamar desde 2018, revela relatório do Inpe.

O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2022 e julho de 2023 teve uma redução significativa de 21,8% em comparação com o período anterior, o que representou uma área de vegetação nativa perdida de 9.064 km². Esses dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), apontam para o menor patamar de desmatamento desde 2018, quando foram perdidos 7.536 km² no bioma amazônico.

A divulgação desses números aconteceu em uma coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília. Além da redução na Amazônia, também foi registrada uma queda de 9,2% no desmatamento no Pantanal, equivalente a 723,13 km², e de 6,6% na área não florestal da Amazônia.

Os dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) mostram que a tendência de queda se manteve nos primeiros meses de 2024, com uma redução de 55% em comparação com o mesmo período dos anos anteriores. Esse cenário foi comemorado por representantes do governo, como o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, André Lima.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atribuiu a redução do desmatamento a uma série de ações adotadas pelo governo desde 2023, ressaltando a importância da fiscalização e de medidas econômicas para combater o problema. Ela também destacou a atuação do Ibama no combate ao desmatamento ilegal e o veto de concessão de crédito do BNDES para infratores ambientais.

Os dados parciais do Prodes e do Deter já indicavam uma queda no desmatamento, sendo que a Amazônia registrou uma perda de 9.001 km² de floresta e o Cerrado uma redução de 3%. Esses números têm levado o governo a adotar ações específicas para proteger esses biomas e incentivar a preservação ambiental.

O Prodes é considerado um dos principais projetos de monitoramento do desmatamento na Amazônia, fornecendo dados essenciais para o controle e combate a essa prática ilegal. A tendência de queda nos índices de desmatamento mostra que as medidas adotadas estão surtindo efeito, mas é fundamental continuar investindo em ações de preservação e fiscalização para proteger a biodiversidade da região.

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