Moradores como Edgardo Oriola, que reside no bairro Tristeza, decidiram deixar a cidade em busca de locais com acesso à água potável. O argentino, que vive em Porto Alegre há mais de 40 anos, seguiu para Xangri-lá, no litoral norte do Rio Grande do Sul, onde possui uma casa de veraneio. A situação é crítica, com aproximadamente 85% da cidade sem acesso à água.
Diante desse cenário desafiador, o prefeito Sebastião Melo sugeriu que os moradores com residência no litoral se desloquem para essas áreas até que a situação se normalize. O deslocamento, no entanto, tem enfrentado dificuldades, com relatos de trânsito intenso e demorado na saída da cidade.
Para muitos moradores, como Edgardo, a crise hídrica é vista como um reflexo da negligência e falta de planejamento das autoridades. O empresário Alexandre Arena Filho também planeja deixar a cidade devido à falta de perspectiva de normalização da situação e à previsão de mais chuvas.
Diante da escassez de água e da instabilidade da situação em Porto Alegre, muitos habitantes têm optado por deixar a cidade em busca de locais com abastecimento regular. A jornalista Laísa Mendes, por exemplo, decidiu se deslocar para a casa da irmã em Capão da Canoa para evitar consumir os recursos escassos da capital.
A crise hídrica em Porto Alegre tem gerado reflexões sobre a capacidade de prevenção e resposta das autoridades locais diante de desastres naturais. A população busca soluções emergenciais para enfrentar esse desafio e garantir o acesso a um recurso essencial como a água potável.