As capitais nordestinas foram as mais impactadas com as maiores elevações no preço da cesta básica. Fortaleza teve a maior alta, com um aumento de 7,76% entre março e abril, seguida por João Pessoa (5,40%), Aracaju (4,84%), Natal (4,44%), Recife (4,24%) e Salvador (3,22%). Por outro lado, Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis registraram as maiores quedas nos preços.
São Paulo foi a capital com a cesta básica mais cara do país, custando em média R$ 822,24, seguida pelo Rio de Janeiro com R$ 801,15. Já as cidades do Norte e Nordeste apresentaram valores menores, como Aracaju (R$ 582,11), João Pessoa (R$ 614,75) e Recife (R$ 617,28), devido à composição diferente da cesta nessas regiões.
O Dieese também fez um cálculo considerando o custo da cesta mais cara do país e a necessidade de que o salário mínimo cubra as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Com base nisso, estimou-se que o salário mínimo ideal em abril deveria ser de R$ 6.912,69, o que representa quase 5 vezes o valor atual estabelecido em R$ 1.412,00.
Esses dados refletem um cenário de aumento nos preços dos alimentos básicos, o que pode impactar diretamente a população em um momento de crise econômica e sanitária. Medidas para contenção da inflação e garantia de acesso a alimentos essenciais tornam-se cada vez mais urgentes.