Os jovens, ambos com 14 anos, foram apresentados espontaneamente por seus pais à Secretaria da Segurança Pública e encaminhados para uma unidade da Fundação Casa. A investigação policial também identificou uma terceira criança, de 11 anos, que participou das agressões, mas não pôde ser apreendida devido à legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Carlinhos, aluno do 6º ano, relatou aos seus pais que foi arrastado para o banheiro da escola e sofreu graves agressões. Após o incidente, começou a reclamar frequentemente de dores ao respirar. O Instituto Médico Legal atestou que a causa da morte foi broncopneumonia bilateral e celulite infecciosa no cotovelo, e um exame necroscópico está em andamento para fornecer mais informações sobre as infecções.
A família do adolescente revelou que ele era vítima de bullying na escola e que as autoridades escolares e de saúde municipal falharam em garantir sua segurança e bem-estar. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo negou o reconhecimento das agressões, porém, prometeu investigar o caso.
Os relatos dos estudantes apontam a falta de câmeras de segurança nos banheiros da escola e a existência de um grupo responsável por diversas agressões. A mãe de Carlinhos, Michele de Lima Teixeira, afirmou que o filho não queria mudar de escola para proteger seus amigos, mesmo após sofrer agressões anteriores.
A trágica morte de Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara gerou comoção na comunidade escolar e levantou questões sobre a segurança e o combate ao bullying nas instituições de ensino. As autoridades continuam investigando o caso para esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do jovem estudante.