Segundo o comunicado do Ministério da Defesa russo, os exercícios com armas nucleares táticas são uma resposta direta às ameaças e declarações provocativas de líderes ocidentais em relação à Rússia. Essa é a primeira vez que a Rússia anuncia publicamente esse tipo de exercício, demonstrando a gravidade da situação.
As armas nucleares táticas envolvem bombas aéreas, ogivas para mísseis de curto alcance e munições de artilharia destinadas ao uso em campo de batalha. São menos poderosas do que as ogivas massivas presentes em mísseis balísticos intercontinentais, mas ainda assim representam uma ameaça significativa.
O anúncio dos exercícios com armas nucleares táticas russas parece ser um alerta aos aliados ocidentais da Ucrânia, que demonstraram preocupação com o aprofundamento do conflito. Declarações recentes do presidente francês Emmanuel Macron e do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, foram citadas como motivos para a escalada das tensões.
As autoridades russas acusaram os países da Otan de provocar uma escalada ao apoiar militarmente a Ucrânia e realizar declarações ameaçadoras. O Kremlin alertou que tais ações podem levar a uma “catástrofe global” e justificaram os exercícios nucleares como uma medida de prontidão das forças russas.
Além dos exercícios nucleares, a região de Belgorod, na Rússia, foi alvo de ataques de drones ucranianos, que resultaram na morte de seis pessoas e ferimentos em outras 35. Essa ação faz parte de um contexto de confronto contínuo entre Ucrânia e Rússia, com ambos os lados buscando minar a logística de guerra do inimigo.
A situação na Ucrânia continua preocupante, com ataques regulares de drones e foguetes afetando a população civil e a infraestrutura. Autoridades russas e ucranianas trocam acusações e aprofundam a crise, enquanto a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos desse conflito complexo.