O mandado de prisão permite que o empresário seja detido a qualquer momento. Até o momento da publicação desta reportagem, a defesa de Fernando não havia se manifestado. O advogado do acusado, Elizeu Neto, afirmou que recebeu a decisão com serenidade e pretende recorrer, considerando a medida “desproporcional”.
O acidente em que Fernando se envolveu resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. A perícia indicou que o empresário estava a 156 km/h, enquanto a vítima dirigia a 40 km/h. Caso seja condenado, Fernando pode enfrentar uma pena de até 20 anos de prisão.
A emissão do mandado de prisão ocorre após quatro pedidos feitos pelo Ministério Público, sendo que três deles foram negados anteriormente pela Justiça. O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, rejeitou o terceiro pedido argumentando que as motivações do MP não estavam relacionadas à realidade do caso.
A promotora Monique Ratton solicitou novamente a prisão de Fernando, alegando que o empresário interferiu nos depoimentos de sua namorada, que apresentaram informações similares às fornecidas pela mãe do acusado. Além disso, há registros de outros dois incidentes envolvendo veículos do empresário, um deles resultando em dois motociclistas feridos.
O Ministério Público aponta ainda que Fernando teria ingerido álcool antes de dirigir no dia do acidente, desafiando as tentativas de amigos e familiares para evitar que assumisse o volante. As autoridades questionam a conduta dos policiais que atenderam a ocorrência, não submetendo o empresário ao teste do bafômetro e permitindo sua saída do local do acidente sem escolta adequada.
Diante de todo o desdobramento do caso, a prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho foi autorizada e aguarda apenas a execução pela polícia. O trânsito, a imprudência ao volante e as consequências graves dessas atitudes são realidades que exigem a devida responsabilização dos envolvidos.
