A situação na região é de calamidade, com falta de luz e dificuldade de comunicação. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu alertas para que moradores de áreas próximas ao Rio Caí deixem suas residências, após o nível do rio subir rapidamente em curto espaço de tempo.
Zoraia conta que mesmo sua casa não estando localizada às margens do rio, toda a sua família ficou desabrigada após a enchente. Seu filho precisou ser resgatado por voluntários, assim como sua esposa e seus cachorros, que passaram a noite no telhado aguardando socorro.
Além disso, a comerciante Fabiana Sussenbach, que construiu um pet shop na cidade em 2023, também enfrenta a triste realidade de ter seu negócio destruído pelas águas. Ela relata a situação caótica vivida no local, com níveis de enchente muito superiores às anteriores.
O prefeito de Muçum, Mateus Trojan, descreve a dificuldade de manter a população na cidade após tantos eventos climáticos devastadores em um curto período de tempo. Estradas bloqueadas, falta de comunicação e dificuldades de acesso demonstram a gravidade da situação.
A população mais idosa é a mais vulnerável, correndo riscos de hipotermia e outros problemas de saúde. A falta de infraestrutura e apoio governamental ampliam os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas.
Até o momento, 31 pessoas foram declaradas mortas, 56 feridas e 74 continuam desaparecidas em todo o estado do Rio Grande do Sul. O cenário de destruição e desespero exige uma resposta efetiva por parte das autoridades e solidariedade da população para superar mais essa tragédia.
