Segundo o MMA, o aumento dessas queimadas está diretamente relacionado aos efeitos das mudanças climáticas, que têm agravado as secas em algumas regiões. Além disso, há a prática disseminada de usar o fogo como técnica para preparar áreas para pastagens e cultivo, o que contribui para o aumento do número de incêndios.
Os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram um aumento de 81% nos incêndios em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa quantidade de incêndios é considerada sem precedentes desde que os dados começaram a ser registrados, em 1998.
A região da Amazônia brasileira é a mais afetada, com 8.977 incêndios de janeiro a abril, representando um aumento de 153% em relação ao ano passado. Estados como Roraima, Mato Grosso e Pará são os mais atingidos, com um alto número de focos de incêndio registrados.
A situação preocupa especialistas e organizações ambientais, que alertam para a gravidade da situação e ressaltam a importância de medidas preventivas e de controle. O Observatório do Clima destaca a necessidade de uma mobilização ampla por parte do governo e dos órgãos ambientais para lidar com essa crise. Além disso, a greve em órgãos ambientais, como o Ibama, representa um desafio adicional nesse cenário.
Diante desse cenário alarmante, é urgente que sejam adotadas ações efetivas para combater os incêndios e proteger as áreas florestais do país. O tempo seco e as condições climáticas desfavoráveis exigem uma resposta imediata das autoridades para evitar uma catástrofe nos próximos meses. É fundamental que medidas de prevenção e controle sejam implementadas de forma rápida e eficaz para proteger o meio ambiente e garantir a sustentabilidade das florestas brasileiras.