A promotora de Justiça Monique Ratton não mediu esforços e, nesta quinta-feira (2), apresentou uma medida cautelar inominada pedindo a prisão do motorista do Porsche. Ela argumenta que o acusado teria influenciado o depoimento de uma testemunha, que apresentou informações semelhantes às da mãe do réu. Além disso, o MPSP apontou que Fernando já havia estado envolvido em outros dois acidentes automobilísticos, um dos quais resultou em ferimentos graves para dois motociclistas.
A denúncia contra Sastre foi feita em abril, acusando-o de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. A promotora Ratton justificou a necessidade da prisão preventiva para evitar interferências nas testemunhas e garantir a integridade do processo.
O acidente ocorreu no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. As investigações apontaram que o Porsche estava em alta velocidade antes de colidir com o Renault Sandero de Ornaldo. Testemunhas alegam que o empresário e o estudante de medicina Marcus Vinícius Machado Rocha haviam consumido bebida alcoólica antes do acidente.
A atitude de Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe de Fernando, também foi questionada, já que ela teria retirado o filho do local do acidente sem autorização. Segundo o MPSP, o empresário se apresentou às autoridades apenas 36 horas depois do ocorrido.
Conforme a promotora Monique Ratton, Fernando assumiu o risco do acidente ao dirigir embriagado e em alta velocidade. O Ministério Público busca que a justiça seja feita e que a prisão do empresário seja decretada para garantir a segurança do processo e a punição adequada pelos trágicos acontecimentos.