A correnteza sobre o asfalto é tão intensa que até mesmo um contêiner de lixo foi arrastado pela chuva. A situação se agrava com os pontos de ônibus alagados e inacessíveis, deixando trabalhadores sem opção de transporte para voltar para casa. As ruas comerciais do centro histórico estão praticamente debaixo d’água, levando moradores e lojistas a se prepararem para recolher mercadorias em meio à inundação.
A preocupação se estende também para regiões periféricas da cidade, como o Jardim Leopoldina, onde a água tem invadido ruas e avenidas, tornando o deslocamento dos moradores ainda mais difícil. Além disso, a situação dos terminais de ônibus como Largo Parobé e Pop Center está precária, com a falta de informações e de agentes para direcionar a população.
A população relata um sentimento de incredulidade diante da situação e do temor do desconhecido, já que as informações sobre a continuidade das chuvas são desencontradas. Muitas pessoas estão se mobilizando para proteger seus estabelecimentos comerciais e residências da enchente, como o feirante Hermes Rodrigues, que planeja enlonar produtos para evitar prejuízos.
A calamidade pública decretada pela Prefeitura de Porto Alegre reflete a gravidade da situação, com a expectativa de que as chuvas extremas continuem até a próxima segunda-feira. A preocupação com a elevação do nível do Guaíba, considerada a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul, deixa a população em alerta e em busca de soluções para enfrentar o cenário desafiador.