Os conflitos foram extremamente violentos, com bombardeios por terra e ar das forças federais do governo, que reagiram com extrema brutalidade ao levante. Bairros como a Luz, Brás, Mooca e Belenzinho foram destruídos, deixando um rastro de destruição e morte. O palácio dos Campos Elíseos, sede do governo local tomada pelos rebeldes, também foi alvo dos ataques, assim como a Escola de Aviação Militar no Campo de Marte.
De acordo com relatos do livro “Diário da Revolução: os 23 dias que abalaram São Paulo”, de Duarte Pacheco Pereira, o saldo da revolta foi de 503 mortos e 4.846 feridos, a maioria civis. As forças legalistas, com um grande arsenal de artilharia e bombardeiros, foram responsáveis pela maioria das vítimas do conflito, realizando ataques imprecisos e devastadores.
Além de tentar derrubar o presidente, os rebeldes também buscavam reformas profundas na República, como o voto secreto, mudanças no ensino público e a moralização da política. No entanto, o movimento tinha uma certa ambição autoritária, defendendo a retomada do poder pelos militares.
A Revolta de 1924, liderada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, durou 23 dias e foi o maior conflito armado já registrado na cidade. O movimento constitucionalista de 1932 se espalhou pelo estado, mas não teve o mesmo impacto local, tendo em vista a falta de apoio popular e a superioridade de forças do governo. Durante o conflito, muitos habitantes abandonaram a cidade em busca de segurança, resultando em uma verdadeira tragédia humanitária.
A Revolta de 1924 deixou um marco na história de São Paulo e do Brasil, demonstrando a intensidade e a brutalidade dos conflitos armados no país. A cidade viu-se sitiada e devastada, com um rastro de destruição e morte que marcou profundamente a população. Este episódio histórico nos lembra das consequências trágicas da luta pelo poder e pelas mudanças políticas.