Essa conquista representa um avanço significativo para o setor, já que permite ao Brasil aspirar a mercados mais exigentes e rentáveis, como o Japão e a Coreia do Sul, que só importam carne bovina de países livres da febre aftosa sem vacinação. Fávaro comemorou a notícia, destacando a importância desse passo para a sanidade animal e as oportunidades comerciais que se abrem para o país.
Alckmin enfatizou que esse é um marco histórico, pois o Brasil sempre almejou alcançar o status de país livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação, representando um avanço significativo na defesa agropecuária e na sanidade animal.
A próxima etapa envolve a apresentação da documentação necessária para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é responsável por reconhecer o novo status sanitário do país. A OMSA exige a suspensão da vacinação contra febre aftosa e a proibição de animais vacinados ingressarem nos estados por, pelo menos, 12 meses.
A expectativa é que o Brasil apresente sua solicitação em agosto deste ano, com a avaliação e possível reconhecimento do novo status programados para maio de 2025. Atualmente, apenas alguns estados brasileiros têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Essa mudança representará uma redução significativa nos custos de cerca de R$ 500 milhões, já que mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em milhões de propriedades não precisarão mais ser vacinados contra a doença. Com mais de 50 anos de ciclo de vacinação contra febre aftosa, o Brasil apresenta um histórico positivo, com o último registro da doença datando de 2006.
Além disso, a carne bovina é um dos principais itens da pauta de exportações brasileira, demonstrando a importância desse setor para a economia do país. Com o avanço na sanidade animal e a abertura de novos mercados, a perspectiva é de crescimento e expansão para a agropecuária nacional.