No ano passado, o mês de março foi marcado pelo recorde mensal do Tesouro Direto, alcançando o valor de R$ 6,842 bilhões. Esse feito se deveu ao vencimento de títulos corrigidos pela Taxa Selic, que foram trocados por novos papéis. Os títulos mais procurados pelos investidores em março deste ano foram aqueles corrigidos pela Selic, representando 61,5% das vendas, seguidos pelos títulos vinculados à inflação, com 25,4%, e os prefixados, com 8,6%.
Destacam-se também os títulos Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+, voltados para aposentadorias e financiamento de ensino superior, respectivamente. Enquanto o primeiro respondeu por 3,4% das vendas, o segundo atraiu apenas 1,1% do total. O interesse por papéis vinculados à Taxa Selic permanece alto devido ao patamar elevado da taxa, que, mesmo com as recentes quedas, continua atrativa para os investidores.
O estoque total do Tesouro Direto fechou o mês de março em R$ 133,27 bilhões, apresentando um aumento de 1,39% em relação ao mês anterior. Em termos de investidores, 292,4 mil novos participantes se cadastraram no programa, elevando o total para 28.003.946. As vendas de até R$ 5 mil representaram a maioria das operações realizadas em março, totalizando 82,4% do total.
Os investidores têm demonstrado preferência por papéis de curto prazo, com vendas de títulos de até cinco anos totalizando 64,9% do volume total. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 14,7%, enquanto os papéis de mais de dez anos representaram 20,4% das vendas. O Tesouro Direto, criado em 2002, tem como objetivo popularizar as aplicações em títulos públicos e permitir que pessoas físicas invistam diretamente no Tesouro Nacional, de forma fácil e prática pela internet. Este mecanismo de captação de recursos auxilia o governo a pagar suas dívidas e cumprir seus compromissos, oferecendo retornos atrativos aos investidores.