A determinação do juiz veio após o Ministério Público de São Paulo ter denunciado o empresário na segunda-feira (29), solicitando a prisão preventiva de Fernando. No entanto, essa foi a terceira vez que o pedido de prisão foi negado pelo juiz. Mesmo tendo negado a prisão, o juiz aceitou a denúncia contra o empresário, tornando-o réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, na modalidade de dolo eventual.
A defesa do empresário foi acionada pela Folha, mas optou por não se manifestar sobre o assunto. Enquanto isso, Fernando responde aos crimes em liberdade. A promotora do caso, Monique Ratton, havia solicitado a prisão do empresário como medida para garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal.
Segundo o Ministério Público, Fernando teria ingerido álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir no dia do acidente. Além disso, a perícia revelou que ele estava dirigindo a 156 km/h no momento da colisão. A namorada e amigos tentaram impedi-lo de dirigir, mas Fernando optou por assumir o risco.
A promotoria também solicitou o compartilhamento de provas para que os agentes públicos respondam por “eventual cometimento de crime” por terem cedido ao pedido da mãe de Fernando para levá-lo ao hospital, ao invés de escoltá-lo até o local. Imagens de câmeras mostram o empresário ao lado da mãe, tentando deixar o local.
Após mais de 30 horas da colisão, Fernando se apresentou à delegacia. Houve críticas à atuação dos policiais que atenderam a ocorrência, pois o motorista não foi submetido ao teste do bafômetro. A investigação sobre esse caso continua e novos desdobramentos são aguardados.