Prisão preventiva negada pela terceira vez ao motorista do Porsche envolvido em acidente fatal, juiz torna empresário réupor homicídio doloso

Na última terça-feira (30), o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, tomou a decisão de negar o terceiro pedido de prisão preventiva do empresário e motorista do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos. Esse episódio aconteceu após uma colisão entre o Porsche dirigido por Fernando e um Renault Sandero, que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, de 52 anos.

A determinação do juiz veio após o Ministério Público de São Paulo ter denunciado o empresário na segunda-feira (29), solicitando a prisão preventiva de Fernando. No entanto, essa foi a terceira vez que o pedido de prisão foi negado pelo juiz. Mesmo tendo negado a prisão, o juiz aceitou a denúncia contra o empresário, tornando-o réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, na modalidade de dolo eventual.

A defesa do empresário foi acionada pela Folha, mas optou por não se manifestar sobre o assunto. Enquanto isso, Fernando responde aos crimes em liberdade. A promotora do caso, Monique Ratton, havia solicitado a prisão do empresário como medida para garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal.

Segundo o Ministério Público, Fernando teria ingerido álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir no dia do acidente. Além disso, a perícia revelou que ele estava dirigindo a 156 km/h no momento da colisão. A namorada e amigos tentaram impedi-lo de dirigir, mas Fernando optou por assumir o risco.

A promotoria também solicitou o compartilhamento de provas para que os agentes públicos respondam por “eventual cometimento de crime” por terem cedido ao pedido da mãe de Fernando para levá-lo ao hospital, ao invés de escoltá-lo até o local. Imagens de câmeras mostram o empresário ao lado da mãe, tentando deixar o local.

Após mais de 30 horas da colisão, Fernando se apresentou à delegacia. Houve críticas à atuação dos policiais que atenderam a ocorrência, pois o motorista não foi submetido ao teste do bafômetro. A investigação sobre esse caso continua e novos desdobramentos são aguardados.

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