A gestão de Ricardo Nunes (MDB) argumenta que um decreto municipal assinado por Gilberto Kassab em 2009 nomeia o espaço como praça Ramiro Cabral da Silva. No final de março, Fernandes cercou o terreno com alambrado, portão, correntes e cadeados, o que gerou insatisfação nos moradores locais. Após a publicação de uma reportagem pela imprensa, um grupo de moradores derrubou a cerca que impedia o acesso da população ao terreno, sendo posteriormente reconstruída pelo ex-juiz.
Fernandes chegou a colocar uma placa de venda com o intuito de obter R$ 1,3 milhão, mas a imobiliária desistiu do negócio devido à repercussão do caso. Em 2016, Fernandes entrou com ação de indenização por apossamento administrativo contra a prefeitura, alegando ser o proprietário do terreno. No entanto, a Justiça reconheceu a posse do município sobre a área.
A juíza reforçou que Fernandes não poderia simplesmente cercar o imóvel, pois a área está sob posse do município há alguns anos. Apesar da decisão judicial favorável à prefeitura ter sido publicada em 2016, o ex-juiz justificou a ação recente alegando residir na Europa e ter retornado ao Brasil somente este ano.
O caso continua gerando polêmica e discussões sobre a posse da área, demonstrando um embate entre o ex-juiz e a administração municipal. A reintegração da praça ao município representa uma vitória para a prefeitura e uma resolução para a disputa envolvendo o terreno de Interlagos.
