Um dos pontos mais debatidos foi a questão de limitar a quantidade de plástico produzido, com alguns países defendendo a necessidade de estabelecer um nível sustentável para a produção de plástico. No entanto, não foi possível chegar a um consenso sobre esse tema em Ottawa. Enquanto alguns países apoiaram a proposta de avaliar um nível sustentável para a produção de plástico, outros se opuseram a limitar a produção, argumentando que o foco deveria estar na gestão de resíduos plásticos e no design de produtos.
Os esforços contra a produção de plástico enfrentaram resistência de países produtores de petroquímicos, como Arábia Saudita e China, além de grupos industriais que fizeram lobby durante as discussões. Apesar das divergências, mais de 50 países se comprometeram a levar adiante o esforço do tratado para incluir limites para a produção de plástico.
Enquanto os debates continuavam em Ottawa, a Primeira Nação Aamjiwnaang, uma comunidade indígena localizada na mesma província canadense, declarou estado de emergência devido a um vazamento industrial de benzeno, substância causadora de câncer. Membros da comunidade alertaram para a urgência de medidas efetivas para combater a poluição plástica e proteger a saúde das pessoas.
As discussões em Ottawa abordaram também a necessidade de identificar produtos químicos plásticos perigosos para a saúde e itens que promovem desperdício, como recipientes de uso único. Os países concordaram em buscar fontes de financiamento para auxiliar as nações em desenvolvimento a implementar o tratado e estabelecer um processo para avaliar a produção de plástico no futuro. A expectativa é que o tratado final, a ser fechado em Busan, tenha um impacto significativo na redução da poluição plástica globalmente.