Repórter São Paulo – SP – Brasil

Motorista de Porsche é denunciado por homicídio doloso após colisão fatal a 156 km/h em São Paulo. Promotoria pede prisão.

O empresário e motorista do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, foi denunciado pela Promotoria de São Paulo por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade dolo eventual. O acidente ocorreu quando ele estava dirigindo a 156 km/h e acabou batendo na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, de 52 anos, que veio a falecer.

Após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, que indiciou Fernando e pediu sua prisão preventiva, a Promotoria de São Paulo decidiu denunciá-lo. A promotora responsável pelo caso, Monique Ratton, se manifestou a favor da decretação da prisão preventiva para evitar que o denunciado interfira nas testemunhas, como já ocorreu durante as investigações. Além disso, foi destacado que Fernando ingeriu álcool em estabelecimentos antes de entrar no veículo.

Durante o ocorrido, Fernando afirmou para os policiais no local que não se lembrava do que havia acontecido. Imagens de câmeras corporais dos agentes mostram o jovem ao lado da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, sendo impedidos de deixar o local por uma policial militar. Mais tarde, a mãe do empresário afirmou que levaria o filho para o hospital, mas as autoridades descobriram que isso não aconteceu.

O Ministério Público também apontou que a mãe de Fernando tentou atrapalhar as investigações. Testemunhas do caso foram ouvidas, como a namorada do empresário e os amigos que estavam com ele no carro. Enquanto a namorada nega que Fernando tenha consumido bebida alcoólica, os amigos afirmam que houve consumo de álcool horas antes do acidente.

O inquérito revelou que o grupo do empresário esteve em diferentes estabelecimentos, consumindo várias bebidas alcoólicas, alimentos e gastando um valor considerável. A investigação ainda apontou a possibilidade de existirem imagens de Fernando ingerindo bebida alcoólica. O caso agora segue para o Tribunal de Justiça de São Paulo, que irá decidir sobre a prisão preventiva do empresário.

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