Ainda sob investigação, as causas do incêndio na pensão são desconhecidas até o momento. O prefeito Sebastião Melo revelou que os 23 locais de acolhimento pertencem à mesma empresa responsável pela Pousada Garoa, oferecendo um total de 400 vagas para pessoas em situação de rua por meio de um contrato emergencial firmado em 2022 com a gestão municipal.
Das 400 vagas contratadas, mais de 300 estão atualmente ocupadas. Na Pousada Garoa, onde ocorreu a tragédia, 16 das 30 vagas existentes estavam reservadas para o programa de voucher, porém não se sabe se todas estavam ocupadas.
A empresa responsável pela prestação do serviço foi a única a se habilitar durante o credenciamento aberto pela prefeitura. Diante da irregularidade da Pousada Garoa, o prefeito anunciou a abertura de uma investigação preliminar sumária sobre o contrato, podendo resultar em uma sindicância.
Além disso, a Defesa Civil indicou que o incêndio pode ter sido criminoso, levando o prefeito a enviar imagens à polícia que mostram uma pessoa saindo e entrando da pensão na madrugada do incidente. O prédio de três andares foi devastado pelas chamas e os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados, com a suspeita de que a maioria estivesse dormindo no momento do incêndio.
O prefeito decretou luto oficial de três dias e autoridades como o ex-presidente Lula (PT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), manifestaram solidariedade às famílias das vítimas. A investigação continua em andamento, com a participação de diversas autoridades locais.
No meio de uma madrugada fatídica, Porto Alegre vive agora o luto pela perda dessas vidas em um incêndio que levantou diversas questões sobre a segurança e o acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade. A comunidade clamam por respostas e por medidas que evitem que tragédias como essa se repitam no futuro.