Contratos futuros de petróleo fecham em alta mesmo com dólar forte e ameaça de invasão em Rafah por Israel

Os contratos futuros de petróleo encerraram a semana em alta, mesmo com a pressão do dólar e a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de março. O WTI para junho fechou em alta de 0,34%, a US$ 83,85 o barril, na Nymex, enquanto o Brent para julho avançou 0,50%, a US$ 88,21 o barril na Intercontinental Exchange. No acumulado da semana, o WTI subiu 1,98% e o Brent teve alta de 1,05%.

De acordo com analistas do Rittersbuch, o mercado de petróleo está dividido sobre as diferentes interpretações do PCE, que podem impactar na demanda pela commodity. A consultoria Capital Economics prevê que a tendência de abrandamento dos preços do petróleo no médio prazo poderá refletir na inflação global, aliviando a pressão sobre os índices inflacionários.

Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, destacou que apesar dos dados do PCE não serem encorajadores, o mercado petrolífero já havia precificado as perdas após a divulgação do PCE e do PIB americano trimestral. Além disso, os investidores acompanharam de perto as notícias sobre um possível avanço militar de Israel em Rafah e a intensificação da cooperação militar e técnica entre Irã e Rússia.

A ameaça de uma invasão terrestre em Rafah gerou preocupações no mercado, com Israel alertando o Egito sobre a possibilidade de uma intervenção caso as negociações com o Hamas não avançassem. Esses eventos geopolíticos também contribuíram para movimentações nos preços do petróleo ao longo da semana.

Com isso, mesmo com a volatilidade do mercado influenciada por eventos geopolíticos e dados econômicos, o petróleo fechou a semana em alta, demonstrando a sensibilidade e a complexidade do cenário global para a commodity.

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