Amigos do senegalês e imigrantes africanos que frequentam a rua Guaianases, local onde ele faleceu, alegam que o incidente envolve racismo e abuso de autoridade, uma vez que os PMs entraram no prédio sem um mandado judicial. A passeata teve início por volta das 13h e percorreu diversas ruas da região central, culminando na sede da SSP (Secretaria da Segurança Pública), no Largo São Francisco. Dois representantes dos manifestantes foram recebidos na secretaria para expor suas demandas.
Um dos participantes do protesto, o vendedor Papa Magaye Gaye, amigo do imigrante falecido, denunciou um policial que estava presente na rua Guaianases no dia da morte de Mbaye. Gaye e outros senegaleses relataram que esse mesmo PM agrediu uma imigrante há cerca de dois meses no Brás, região central de São Paulo, e ameaçou os senegaleses de morte. De acordo com relatos, esse policial fez parte do confronto entre imigrantes e policiais que se seguiu após o incidente.
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) e membros do Conselho Municipal de Imigrantes estiveram presentes na manifestação, que foi encerrada por volta das 15h, após os representantes recebidos na SSP saírem da reunião. A Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que os manifestantes apresentaram suas demandas e foram informados sobre o andamento das investigações em andamento pela polícia civil e militar sobre o caso.
Em meio a pedidos de justiça e punição, a comunidade imigrante demonstrou sua indignação com casos de abuso policial e violência, buscando garantir seus direitos e segurança em um país que deveria acolhê-los.