Ministro do STF suspende desoneração de impostos sobre a folha de pagamento em decisão liminar após ação da AGU.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, causou polêmica ao conceder uma liminar suspendendo a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios. A decisão, tomada após uma ação protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU), gerou divergências sobre o impacto financeiro nas contas públicas.

De acordo com Zanin, a falta de indicação do impacto financeiro da desoneração aprovada pelo Congresso levou à necessidade urgente de evitar um desajuste fiscal de proporções bilionárias e de difícil correção. O ministro destacou que medidas provisórias posteriores foram editadas com o intuito de equilibrar as contas públicas, sugerindo a urgência da suspensão da desoneração.

A decisão de Zanin, que precisa ser referendada pelo plenário virtual da Corte, está sob análise e será discutida até o dia 6 de maio. A AGU argumentou que a prorrogação da desoneração até 2027 pelo Congresso não considerou o impacto financeiro da renúncia fiscal, levando à judicialização da questão.

Além disso, a ação no STF contestou a decisão de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, de invalidar parte de uma Medida Provisória que derrubava a desoneração previdenciária para pequenas e médias prefeituras. A medida, que alterava a alíquota das contribuições ao INSS para municípios com até 156 mil habitantes, foi alvo de debate e questionamento político.

Diante das controvérsias, o embate sobre a desoneração da folha de pagamento para setores específicos e municípios com menor número de habitantes continuará a ser tema de discussão no âmbito político e jurídico. O desfecho dessa questão trará consequências importantes para a economia e as finanças públicas, evidenciando a complexidade e sensibilidade do tema.

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