Mãe de aluna ameaça professora por corrigir redação que criticava ministro do STF em escola pública do DF

Uma professora de escola pública do Distrito Federal passou por um episódio de ameaça após corrigir uma redação de uma aluna que acusava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de “acabar com as leis” do País. A mãe da estudante em questão se sentiu incomodada com a abordagem da docente e chegou a ameaçá-la, afirmando que não aceitaria que a filha fosse “doutrinada” na escola.

O incidente ocorreu no Centro de Ensino Médio 01 do Gama, localizado a 35 quilômetros da sede do STF. A professora explicou para a aluna que a função de elaborar leis cabe ao Poder Legislativo, e não ao Judiciário, de acordo com a Constituição Federal. A mãe da estudante, por sua vez, enviou áudios via WhatsApp acusando a escola de “doutrinação” e ameaçando a docente.

Após a situação, a aluna foi transferida da escola em um acordo entre a instituição e a responsável pela estudante. A professora, por sua vez, solicitou licença médica de 30 dias devido ao trauma psicológico provocado pelas ameaças. A direção do colégio está discutindo a possível transferência da docente.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal se manifestou sobre o caso, garantindo que agiu prontamente após ser informada sobre a transferência da aluna. A pasta afirmou que a situação está sob supervisão da Coordenação Regional de Ensino do Gama e que tomará outras medidas administrativas, se necessário, para garantir a segurança de todos os envolvidos no ambiente escolar.

Diante do ocorrido, professores da escola estão receosos de novas ameaças e a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa do DF exigiu proteção para a professora e demais docentes do colégio. O colegiado pretende produzir cartilhas com orientações sobre como os professores das escolas públicas da região devem lidar com situações semelhantes no futuro.

O objetivo da Secretaria de Educação é promover um ambiente escolar pacífico e harmonioso, focando não apenas no desenvolvimento acadêmico, mas também no bem-estar emocional e social dos alunos. A segurança e o acolhimento de todos os envolvidos na comunidade escolar são prioridades da pasta, que repudia qualquer forma de violência, seja moral ou física.

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