Lei sancionada por Biden pode proibir presença do TikTok nos EUA, revelando disputa tecnológica e geopolítica com a China.

A lei que proíbe a presença do TikTok nos Estados Unidos revela uma disputa acirrada pela liderança da corrida tecnológica e geopolítica, na qual os norte-americanos estão perdendo a supremacia global que exerceram por décadas. Especialistas apontam que o TikTok conseguiu romper barreiras linguísticas e se tornou um sucesso devido ao seu sistema algorítmico inovador, que consegue atrair a atenção dos usuários de forma eficaz.

A tecnologia desenvolvida na China pela ByteDance, empresa proprietária do TikTok, tem conquistado cada vez mais usuários nos EUA e em outros países, enquanto outras redes sociais estão perdendo público. A proibição da presença do aplicativo nos Estados Unidos, sancionada pelo presidente Joe Biden, entra em vigor dentro de 270 dias, a menos que a empresa chinesa venda o controle do TikTok para uma companhia não chinesa.

Os defensores da lei alegam que a relação da China com a ByteDance poderia representar uma ameaça à segurança nacional dos EUA devido à coleta de dados dos usuários. Por outro lado, críticos como o advogado Paulo Rená argumentam que a medida não visa necessariamente a proteção de dados, mas sim uma estratégia geopolítica para garantir o controle da plataforma por interesses americanos.

A disputa entre os EUA e a China em torno do TikTok reflete um cenário mais amplo de geopolítica e interesses econômicos. O banimento da plataforma pode influenciar outras nações a adotarem medidas semelhantes contra empresas chinesas, como já ocorreu no caso da Huawei. Os EUA buscam agora cercear o desenvolvimento tecnológico da China e manter sua liderança nesse setor.

A venda do TikTok para uma empresa americana, se concretizada, pode aumentar o acesso dos EUA à tecnologia disruptiva da plataforma, mas a transferência de propriedade também pode impactar a essência tecnológica do aplicativo, como o sistema algorítmico. A decisão dos EUA deve gerar repercussões tanto em termos de liberdade de expressão quanto de relações geopolíticas, marcando mais um capítulo na disputa tecnológica entre as potências mundiais.

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