A tecnologia desenvolvida na China pela ByteDance, empresa proprietária do TikTok, tem conquistado cada vez mais usuários nos EUA e em outros países, enquanto outras redes sociais estão perdendo público. A proibição da presença do aplicativo nos Estados Unidos, sancionada pelo presidente Joe Biden, entra em vigor dentro de 270 dias, a menos que a empresa chinesa venda o controle do TikTok para uma companhia não chinesa.
Os defensores da lei alegam que a relação da China com a ByteDance poderia representar uma ameaça à segurança nacional dos EUA devido à coleta de dados dos usuários. Por outro lado, críticos como o advogado Paulo Rená argumentam que a medida não visa necessariamente a proteção de dados, mas sim uma estratégia geopolítica para garantir o controle da plataforma por interesses americanos.
A disputa entre os EUA e a China em torno do TikTok reflete um cenário mais amplo de geopolítica e interesses econômicos. O banimento da plataforma pode influenciar outras nações a adotarem medidas semelhantes contra empresas chinesas, como já ocorreu no caso da Huawei. Os EUA buscam agora cercear o desenvolvimento tecnológico da China e manter sua liderança nesse setor.
A venda do TikTok para uma empresa americana, se concretizada, pode aumentar o acesso dos EUA à tecnologia disruptiva da plataforma, mas a transferência de propriedade também pode impactar a essência tecnológica do aplicativo, como o sistema algorítmico. A decisão dos EUA deve gerar repercussões tanto em termos de liberdade de expressão quanto de relações geopolíticas, marcando mais um capítulo na disputa tecnológica entre as potências mundiais.