Indígenas avá-guarani invadem escritório da usina Itaipu em Brasília em protesto por demarcações de terras sagradas

Indígenas do povo avá-guarani protagonizaram uma invasão ao escritório da usina binacional de Itaipu, localizada em Brasília, na tarde desta quinta-feira (25). O motivo do protesto foi a cobrança pela assinatura de uma carta de compromisso da empresa com as reivindicações apresentadas pelo movimento indígena. Os manifestantes alegam que é necessário uma reparação histórica devido às áreas alagadas de suas terras para a formação do reservatório da usina.

Nesse contexto de reivindicação de territórios sagrados e de moradia, os indígenas avá-guarani destacam que as áreas ocupadas pela empresa pertencem originalmente ao seu povo, o que motivou a realização do protesto. Além disso, uma Ação Cível Originária (ACO) foi movida contra Itaipu pelos indígenas, resultando na criação de uma mesa de negociação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para mediar as demandas.

No entanto, os avá-guarani expressaram insatisfação com a ausência da empresa na última reunião do grupo e a falta de justificativas para o não comparecimento. A cobrança por diálogo e respeito às suas demandas foi evidenciada na carta apresentada pelos manifestantes. Eles defendem a ideia de que a empresa deve participar ativamente das negociações e que o processo seja conduzido com agilidade.

A ocupação no escritório da usina em Brasília é liderada por aproximadamente dez indígenas, enquanto outros manifestantes realizam um protesto do lado de fora. As reivindicações do movimento incluem a participação efetiva da empresa nas reuniões, celeridade no processo de negociação e a reparação da dívida histórica com o povo avá-guarani.

A ação dos indígenas ocorre paralelamente à marcha realizada em Brasília como parte do Acampamento Terra Livre, evento significativo para o movimento. Esta mobilização indígena surge em um contexto de crescente insatisfação dos povos com o governo, marcado por demandas não atendidas e ausência de diálogo.

É importante destacar que recentemente a ministra de Mudanças Climáticas do País de Gales enviou uma carta a Lula solicitando a resolução do caso e a demarcação dos territórios guarani. A pressão por justiça e igualdade para o povo brasileiro é evidenciada nesse contexto de conflito entre os indígenas e a empresa responsável pela usina de Itaipu.

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