Estabilização da Dengue no Rio de Janeiro: Estado mantém nível 2, mas regiões Norte Fluminense e Serrana preocupam com aumento de casos.

O estado do Rio de Janeiro ainda enfrenta um cenário preocupante em relação à dengue, conforme o boletim Panorama da Dengue divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde. Apesar da estabilização dos casos em todo o estado, a região Norte Fluminense e Serrana continuam no nível 3 do plano de contingência, indicando um alto número de casos prováveis da doença.

Segundo os dados apresentados, houve uma redução de quase 40% no número de novos casos prováveis de dengue, passando de 15.761 para 9.508 na última semana. Mesmo com essa queda, a Secretaria decidiu manter o decreto de epidemia e prorrogar o Comitê de Emergência em Saúde específico da dengue por mais 30 dias.

Claudia Mello, secretária de Saúde, destacou a importância de manter as medidas de controle dos focos do mosquito transmissor, assim como o monitoramento dos sintomas e o manejo clínico dos pacientes. Apesar da estabilização dos casos, as regiões Norte e Serrana continuam apresentando uma tendência de alta nos casos.

O Panorama da Dengue utiliza um modelo epidemiológico conhecido como ‘nowcasting’, que considera o atraso na inserção de dados no sistema de vigilância. A estimativa da SES-RJ é de que ainda há 13.392 casos a serem notificados no período abrangido pelo levantamento.

Além disso, os atendimentos de casos suspeitos nas UPAs estaduais apresentaram uma redução de 20% entre as semanas 13 e 14, indicando uma diminuição na busca por atendimento para sintomas de dengue. O número de solicitações de leitos para pacientes com diagnóstico de dengue também diminuiu nas últimas semanas observadas, com destaque para a faixa etária de 10 a 15 anos.

Até o momento, o estado registrou 220.548 casos prováveis de dengue e 126 óbitos confirmados. A taxa de incidência acumulada está em 1.363 casos por 100 mil habitantes. A situação ainda requer atenção por parte das autoridades de saúde e da população para evitar a propagação da doença.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo