Manifestação pacífica pede autonomia universitária e garantia de estágios supervisionados na FMABC, em meio a crise com a Fundação do ABC.

Na manhã do dia 24 de abril, cerca de 300 docentes, alunos e membros da comunidade acadêmica do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) se reuniram em frente ao Hospital Estadual Mário Covas para uma manifestação pacífica. Aprovada em assembleia pelo Conselho Universitário da instituição, a manifestação tinha como objetivo reivindicar a autonomia universitária e a garantia de campos de estágio supervisionados.

O motivo da manifestação foi a resistência do Centro Universitário em cumprir uma recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Fundação do ABC, mantenedora da FMABC, e o MPSP. Além disso, houve um rompimento de contrato com a empresa de um professor terceirizado que atuava na área de Clínica Médica do Hospital Estadual Mário Covas, o que gerou um impasse.

No entanto, no dia 22 de abril, houve um acerto entre a FUABC, FMABC e HEMC para aperfeiçoar o serviço de Clínica Médica do Hospital. Durante os próximos 30 dias, um novo projeto será desenvolvido visando o cumprimento de metas e orçamento, assim como as atividades de ensino, pesquisa e assistência. Enquanto isso, a empresa terceirizada do professor retornará para responder pelos serviços de Clínica Médica.

Mesmo com a resolução do impasse, a FMABC decidiu, em assembleia realizada no dia 23 de abril, manter a manifestação em frente ao Hospital. A desarmonia entre o Centro Universitário e a Fundação do ABC teve início com a recomendação do MPSP, relacionada a irregularidades identificadas nas contratações de funcionários do Centro Universitário desde 2014.

A Fundação do ABC emitiu uma portaria solicitando informações à FMABC para responder ao MPSP. A instituição afirmou que busca a melhoria do Ambulatório e Laboratório sem interferir na autonomia acadêmica. A FUABC informou que seguirá cumprindo seu papel social com foco na qualidade dos serviços de saúde, respeitando o TAC e as recomendações do MPSP. A instituição está em busca de um diálogo amplo e um plano de ação conjunto com a comunidade acadêmica.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo