Congresso dos EUA aprova proibição do TikTok em meio a polêmicas sobre liberdade de expressão e antissemitismo em universidades americanas.

Nos Estados Unidos, a liberdade de expressão é constantemente questionada e restringida, levantando dúvidas sobre para quem essa liberdade realmente é garantida. Recentemente, congressistas republicanos demonstraram indignação com as decisões do Supremo Tribunal Federal brasileiro em relação à suspensão de perfis no X (ex-Twitter) por suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2023. Enquanto isso, o mesmo Congresso dos EUA aprovou a proibição do TikTok no país, a menos que a empresa chinesa transfira o controle para um proprietário americano – uma medida que foi sancionada pelo presidente Joe Biden.

Essas ações levantam questionamentos sobre a aplicação seletiva da liberdade de expressão no país. Por um lado, vemos pressões do Congresso sobre a presidente da Universidade de Columbia para reprimir manifestantes pró-Palestina no campus, sob o pretexto do combate ao antissemitismo. Essas ações remontam a um passado sombrio de perseguições e lembram os dias do macarthismo, uma época de paranoia anticomunista nos Estados Unidos.

Além disso, o filme “The Lavender Scare” retrata a perseguição em massa contra a comunidade LGBT no governo americano, enquanto figuras como Angela Davis foram alvo de perseguições do FBI, Casa Branca e Judiciário durante os anos 1970. Esses exemplos evidenciam que, mesmo em um país que permite a existência de grupos neonazistas, a censura e a repressão à liberdade de expressão sempre tiveram alvos específicos.

Diante desse cenário, fica claro que a liberdade nos Estados Unidos nem sempre é igualmente concedida a todos os cidadãos, sendo muitas vezes restringida de acordo com interesses políticos e ideológicos. Essas contradições levam a questionamentos sobre o verdadeiro significado da liberdade em uma sociedade democrática e pluralista como a dos Estados Unidos.

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