A pesquisa revelou que em oito desses setores houve uma transição de confiança para falta de confiança. Setores como máquinas e equipamentos, serviços especializados para a construção, impressão e reprodução, produtos de material plástico, entre outros, apresentaram índices abaixo de 50 pontos, indicando falta de confiança por parte dos empresários.
Por outro lado, dois setores tiveram uma transição contrária, passando de falta de confiança para confiança no mês de abril. Biocombustíveis e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos apresentaram índices acima de 50 pontos, sinalizando um cenário mais favorável.
O Icei, que varia de zero a 100 pontos, mostra que valores acima de 50 representam confiança do empresário, enquanto valores abaixo de 50 demonstram falta de confiança. A análise feita pela CNI aponta que a piora da confiança está relacionada à avaliação das condições correntes dos empresários, que tiveram uma percepção negativa da situação financeira e do acesso ao crédito no primeiro trimestre do ano.
Apesar da queda de confiança em diversos setores, ainda existem 18 setores considerados confiantes em abril, com índices acima de 50 pontos. A pesquisa também mostrou que a confiança caiu para todos os portes de empresas, com pequenas empresas apresentando o maior recuo.
O levantamento, que ouviu quase duas mil empresas de diferentes portes, reflete um panorama desafiador para a indústria brasileira, com a necessidade de resolução de questões como acesso ao crédito e melhoria das condições econômicas para retomada da confiança e investimentos no setor.
