O cão Joca, de 4 anos, estava programado para viajar do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, em Mato Grosso, acompanhado de seu tutor, João Fantazzini. No entanto, por conta de um erro da companhia aérea Gol, o animal foi despachado para Fortaleza, a mais de 2.000 km de distância do destino correto.
Após ser informado sobre o equívoco, João decidiu retornar a São Paulo para resgatar o cachorro, mas ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, constatou que Joca estava sem vida. Uma veterinária presente no local atestou o óbito do animal por “parada cardiorrespiratória com causa a ser esclarecida”.
A Gol lamentou profundamente o ocorrido e alegou que o desvio de rota do cachorro foi consequência de uma falha operacional. A empresa afirmou estar prestando todo o suporte necessário ao tutor de Joca e dedicando total prioridade à apuração dos detalhes do incidente.
Em resposta à comoção gerada pelo caso, a Gol Linhas Aéreas decidiu suspender, temporariamente, a venda do serviço de transporte de cães e gatos nos porões das aeronaves, como medida preventiva. Essa não é a primeira vez que a companhia enfrenta problemas relacionados ao transporte de animais, sendo que em 2021 outro cachorro despachado pela Gol desapareceu em uma conexão no Aeroporto de Guarulhos.
Diante dessa situação trágica, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a criação de um grupo de trabalho para revisar as normas de transporte de animais em aviões, com o intuito de implementar políticas públicas mais seguras e eficientes nesse sentido. A Anac e demais autoridades competentes seguem empenhadas em esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Joca e garantir que as devidas responsabilidades sejam apuradas e aplicadas.
