Segundo Odhiambo, a planta pode vir a se tornar o futuro papel higiênico, principalmente diante do aumento dos preços dos produtos convencionais na África. Embora o papel higiênico seja fabricado no continente, a pasta de papel utilizada em sua produção é frequentemente importada, o que encarece o produto final.
O especialista em plantas tradicionais acredita que a resposta para esses custos elevados pode estar no próprio continente africano. As folhas do Plectranthus barbatus são descritas por Martin como macias e com aroma de menta, características que as tornam ideais para uso no banheiro.
Entretanto, apesar da planta ser amplamente cultivada na África e ainda ser utilizada em áreas rurais, a produção em larga escala ainda é um desafio a ser superado. Benjamin, por exemplo, cultiva o boldo em seu quintal há mais de 25 anos e relata a suavidade e o cheiro agradável das folhas.
Nos Estados Unidos, o ativista ambiental Robin Greenfield já adotou a prática de utilizar folhas de boldo como papel higiênico há cinco anos. Ele cultiva mais de cem pés da planta em seu viveiro na Flórida e incentiva a iniciativa de cultivar o próprio papel higiênico.
Greenfield destaca que, de fato, o uso de plantas como matéria-prima para papel higiênico não se restringe à realidade africana, já que até os papéis convencionais têm sua origem vegetal. A diferença está na sustentabilidade e na autonomia proporcionadas pela produção própria.
Diante desse cenário, a possibilidade de adotar o Plectranthus barbatus como alternativa ao papel higiênico tradicional torna-se cada vez mais viável, promovendo a sustentabilidade e a consciência ambiental entre os indivíduos. É um caminho que, mesmo ainda distante da produção em larga escala, desponta como uma alternativa sustentável e acessível para as necessidades cotidianas.